O queijo gorgonzola é um queijo originalmente italiano que faz parte da nobre família dos queijos azuis. Outros membros ilustres desta família são o Roquefort (francês), Danablu (dinamarquês), Stilton (inglês) e o brasileiro Azul de Minas. Os queijos desta categoria têm em comum a formação de veios azuis no interior da massa, formados pela presença do fungo Penicillium roqueforti.
O fungo alimentício, que se desenvolve durante a maturação, confere aparência, sabor e aroma característicos destes queijos. O Penicillium precisa de oxigênio para crescer, por isso, estes queijos devem apresentar aberturas na massa, que podem ser naturais ou feitas de forma mecânica, a partir da perfuração do queijo.
Este não é um queijo que passa despercebido, faz questão de impor sua presença. Além de seu aspecto marmorizado, seu sabor marcante concilia o gosto salgado com uma certa pungência, uma explosão de sabores que desperta nossas papilas gustativas.
Não existe um consenso com relação a este queijo, há quem ame e há quem odeie. Para aqueles que dizem não gostar, recomendo outras formas de consumo: por exemplo, ao compor molhos e cremes para massas ou carnes, sua presença fica atenuada, porém, sem deixar de surpreender.
É importante escolher o ponto ideal de maturação para cada paladar, veja sempre a data de fabricação no rótulo. Queijos mais próximos do vencimento geralmente são mais fortes. A partir do momento em que você se adaptar com o sabor característico de um bom gorgonzola, garanto que nunca mais deixará de degustar. É viciante.
Experimente harmonizar com peras, damascos e nozes. Por ser um queijo forte não se recomenda a degustação com vinhos tintos muito tânicos, pois os taninos do vinho intensificam a percepção do amargor do queijo. Vinhos doces e aromáticos são mais recomendados, tais como o Moscatel, vinhos licorosos ou um bom Porto.
Artigo publicado na minha coluna na Revista Aldeia (https://revistaaldeia.com.br/coluna_post/mundodosqueijos/1905/gorgonzola)