O queijo do reino faz parte da história queijeira nacional, sendo o primeiro queijo maturado a ser industrializado no Brasil. Este queijo foi inspirado no Edam, um queijo holandês importado da Europa pela corte portuguesa no período colonial. Esta é a origem do nome “queijo do reino”, por ser desenvolvido para consumo dos nobres do reino de Portugal, durante o tempo que permaneceram no Brasil.
Apesar de ser derivado do Edam, o queijo do reino teve suas características sensoriais e tecnológicas adaptadas às condições regionais. Manteve como referência o formato esférico, parafinado ou pintado em cor magenta, com peso variando entre 1,5 e 2 kg.
É um queijo semiduro, de massa compacta; o sabor é suave, levemente picante, vai se acentuando com o tempo de maturação de no mínimo 35 dias, podendo passar de um ano em versões mais maturadas.
Produzido exclusivamente com leite de vaca, sua característica mais marcante é o formato esférico e a casca pintada. Originalmente comercializado inteiro, em embalagens de lata, para ajudar na conservação dos queijos durante o transporte. Também é possível encontrar o queijo do reino fracionado e embalado à vácuo.
O queijo do reino é considerado um patrimônio culinário nacional. O maior consumo é no Nordeste, principalmente em Pernambuco, onde é tradicionalmente servido nas festas de Natal. O consumo deste queijo nas festas de fim de ano é tão tradicional que, para alguns, o queijo do reino representa a união da família.
Outros acreditam que sua vinculação com o Natal esteja relacionada à casca vermelha – cor da roupa do Papai Noel e da maioria dos enfeites natalinos.
Pode ser consumido puro, dando cor e estilo à uma tábua de queijos ou em sanduíches, pratos quentes e mesmo em pratos doces. Harmoniza com vinhos tintos encorpados, como Tannat, Carménère e Cabernet Sauvignon.