Você sabia que a ricota é um derivado da fabricação de queijos? Isso mesmo, na fabricação de queijos é gerado um grande volume de soro de leite (em torno de 9 litros de soro para cada quilo de queijo). Este soro é rico em proteínas de alto valor biológico e pode ser utilizado na fabricação da ricota, além de bebidas lácteas e outros derivados.
A ricota é um produto originalmente italiano; possui sabor suave, lático e levemente salgado. Pode ser feita com soro de leite de vaca, cabra, ovelha ou búfala. A ricota é um produto fresco, com alto teor de umidade, por isso deteriora rapidamente. Deve ser conservada sob refrigeração e consumida o mais rápido possível.
É um alimento muito rico nutricionalmente, com baixo teor de gordura, rica em cálcio e com um perfil de proteínas (principalmente alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina) que contribui para a formação de massa magra e fortalecimento dos músculos. Por isso, a ricota é muito indicada para dietas de emagrecimento e ganho de massa muscular.
Para a fabricação da ricota o soro de leite é aquecido a altas temperaturas promovendo assim a coagulação das proteínas. A proteína é floculada, sendo então recolhida e drenada. “Ricotta” em italiano deriva da palavra “Ri-cotto” e significa cozido duas vezes. Uma curiosidade: em Portugal a ricota é chamada de requeijão e geralmente é feita do soro de leite de ovelha.
A ricota italiana é diferente da que temos no Brasil. É bem cremosa, usada frequentemente para substituir o creme de leite; por outro lado, a versão brasileira é mais seca e granulosa. A ricota é muito utilizada em preparos culinários doces e salgados. É um ingrediente muito versátil, muitas vezes subestimado. Pode ser usada como recheio de panquecas, tortas, bolos, como acompanhamento de saladas, na massa de patês e de diversas outras formas. Também pode ser consumida pura, como um queijo, principalmente nas versões defumada ou temperada.